Slow Fashion
25/02/2021
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Esse é um movimento relacionado ao consumo consciente e à sustentabilidade, esse termo surgiu por volta de 2004, em Londres por Angela Murrills, uma escritora de moda da Georgia Straight.
Basicamente essa prática prioriza as produções locais/independentes. Isso significa que o movimento contribui para a consciência socioambiental, afinal as produções que não são realizadas de maneira massiva estabelecem uma relação de proximidade, confiança e identificação com seus clientes, dessa maneira fica muito mais fácil de uma marca colocar seus valores e até mesmo educar seus consumidores para que exista a mesma linha de consciência entre produção e consumo. A produção de roupas e acessórios, em geral, depende muito da comunidade local e, na produção globalizada (fast fashion), esse fato muitas vezes é obscurecido intencionalmente pelo nome da marca da moda.
No slow fashion, tudo o que está disponível localmente é utilizado da melhor forma possível, e o que não pode ser produzido localmente é trocado e compartilhado. Um grande exemplo disso é o que aconteceu com a reciclagem em muitas empresas, e claro que nós não podíamos deixar de citar a Pollia como uma delas. Nós na Pollia, reutilizamos todas as embalagens, plásticos, caixas que chegam de nossos fornecedores, para ajudar na organização do estoque e também reutilizamos na montagem dos nossos pacotes.
Pelos sistemas de produção serem menores, eles acabam sendo mais transparentes! Isso faz com que os consumidores estejam sempre por dentro do que acontece na empresa, seja nas campanhas, seja nos processos internos, gerando uma relação de intimidade.
O slow fashion desafia a moda a reorientar a qualidade de seus produtos de maneira que a confecção do vestuário, acessórios, ou outras produções, leve em conta aspectos integrais e não apenas a aparência.
Como o slow fashion não se preocupa com a produção em massa, é possível desenvolver artigos a preços justos que internalizem custos sociais e ecológicos da produção, valorizando os produtores - isso evita o escoamento e o descarte rápidos das peças.Ao aderir a atitudes desse tipo, pessoas próximas começam a notar seu comportamento e podem seguir seu exemplo. Durante muitos anos, no Brasil, as propagandas, novelas e outros meios culturais e de comunicação disseminaram a cultura do fast fashion, impondo um consumo desenfreado pautado na imagem e na não repetição de roupas, uma prática não sustentável a longo prazo.
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